04-08-2008 - O Diagnóstico da Crise: SUS castiga hospitais

Crise financeira e os problemas ligados à superlotação nas emergências e a longa espera por cirurgias eletivas e exames de alta complexidade, assunto que começou a ser tratado na edição de ontem e prossegue até amanhã, chegou também aos 70 hospitais filantrópicos existentes em Santa Catarina.
O Hospital de Caridade é o único representante desta categoria na Capital.
Para ser considerado filantrópico, o hospital deve atender no mínimo 60% dos pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ou então 20% de gratuidade, para os mais carentes. O restante divide-se entre convênios de saúde e atendimento particular. A informação é do presidente da Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas de Santa Catarina, Jonei Lunkes.
- Nossa maior preocupação, agora, está relacionada à aprovação da Emenda 29, que tramita no Congresso Nacional - explica o dirigente.
A emenda prevê o crescimento contínuo do orçamento para a saúde. Hoje, os municípios são obrigados por lei a investir 15% de seu orçamento na área da saúde, e o Estado, 12%. Já para a União, não existe uma definição, e é isto, explica Lunkes, que deverá ser normatizado.
- O que queremos é que o governo federal seja obrigado a investir nos hospitais uma parcela determinada de seu orçamento, e que esta verba não seja desviada para outras áreas, como vem ocorrendo - diz Lunkes.

Fonte: Diário Catarinense - 04-08-2008


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