08-09-2008 - Piso de refeitório de hospital cede

As obras no piso do refeitório dos funcionários do Hospital Universitário, em Florianópolis, que cedeu na madrugada de sábado, devem começar hoje.
Durante todo o fim de semana, a área de cerca de dois metros quadrados que cedeu entre 10 e 20 centímetros esteve interditada. O local foi isolado pelo Corpo de Bombeiros para evitar o risco de um acidente.
As causas ainda são desconhecidas, mas uma equipe do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) devem avaliar a estrutura do prédio para indicar as possíveis causas do problema. Uma das paredes do local chegou a se descolar da laje e parte do gesso que reveste o teto, próximo ao bar do refeitório, caiu. O local passou por reformas recentemente.
De acordo com os bombeiros, a estrutura do prédio não foi comprometida e não há risco de desabamento. Segundo o coordenador da comissão municipal da Defesa Civil, Leandro Miranda, há possibilidade de a parede afetada ruir, mas como ela não faz parte da estrutura de alicerces, não haveria risco da laje desabar. O atendimento a pacientes do hospital não está prejudicado.
O procedimento para que os pacientes já cegos voltem a enxergar é complexo. Inicialmente, uma placa de eletrodos é implantada na retina (fundo do olho) do paciente por meio de uma intervenção cirúrgica. São apenas um ou dois dias de observação no hospital, até a ida para casa. Até três semanas depois, com o paciente já recuperado, a visão biônica pode começar a funcionar.
Através de uma câmera colocada em um óculos usado pelo paciente, as imagens são captadas. A placa recebe as imagens da câmera, com transmissão sem fios. Os sinais elétricos são repassados pela placa à retina, e transformados em estímulos. As informações são "lidas" pela retina e interpretadas pelo cérebro.
Não é possível definir um percentual de visão que pode ser recuperada. Conforme o médico, a visão vai de uma percepção de volumes maiores - o que já possibilita a movimentação sem a ajuda de outra pessoa - a um caso surpreendente, em que uma mulher consegue acertar na cesta, uma bola de basquete.
A prótese retiniana, ou olho biônico, vem sendo desenvolvido há 20 anos, e o primeiro implante aconteceu em 2002. Nenhum dos pacientes operados até hoje pagou pelo sistema.
A companhia Second Sight, responsável pelo desenvolvimento do chip, banca o olho biônico. De acordo com o médico brasileiro Gildo Fujii, que trabalhou na equipe de Humayun por sete anos, estima-se que todo o procedimento custaria, atualmente, U$ 50 mil a U$ 100 mil. Mais de cem pessoas trabalharam para a criação do sistema. O maior desafio, conforme Fujii, foi integrar a máquina ao corpo humano, fazendo-os "conversar". O procedimento está sendo aprimorado nos Estados Unidos, só será expandido para a aplicação em outros locais do mundo quando estiver mais desenvolvido.

Retinóide pigmentar 
Incidência:
atinge uma em cada 4 mil pessoas 
Causa: genética 
Com se manifesta: tem início com a perda da visão noturna 
Com o avanço da doença, o paciente enxerga só um túnel de visão 
A visão vai ficando mais escura com o tempo 
Dos 40 a 50, anos o paciente perde completamente a visão 
Não há um tratamento convencional que pare o avanço da doença 

Fonte: Diário Catarinense - 08-09-2008


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