Dentro de alguns dias, representantes do Colegiado de Gestão Regional da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc) reúnem-se com a secretária de Saúde do Estado, Carmem Zanotto, para tentar reduzir os problemas no atendimento realizado pelo Hospital Regional de Araranguá. O assunto foi discutido na semana passada entre os secretários municipais de saúde, colegiado, além do reitor da Unesc, Antônio Milioli Filho, e a diretora do HRA, Rita de Cássia Prêmoli. Transtornos ocasionados com a transferência de pacientes, ortopedia e atendimento pelo SUS são as principais reclamatórias.
Maior reclamação entre municípios
As cirurgias em ortopedia lideraram o ranking das reclamações entre os secretários, que alegam não poder realiza-las pelo SUS. Segundo a diretora do HRA, Rita Premoli, este é um problema existente entre o corpo clínico e os ortopedistas, que fugiria do controle administrativo. "As portas do hospital estão abertas para que um profissional contratado pelos municípios possa vir e operar seus pacientes", disse.
A secretária de Passo de Torres, Maria Aparecida Cardoso, sugeriu a possibilidade de contratação de um profissional para operar com recursos do aditivo do convênio firmado pelo Estado e pela Unesc, no valor de R$ 400 mil mensais, nos próximos três meses.
Contratação de ortopedista
O reitor Antônio Milioli Filho se comprometeu em fazer contato com Carmem Zanotto para tentar equacionar o problema de recurso para a contratação do referido profissional, já que com o valor não mencionado não há possibilidades. "O número de ortopedia pelo SUS não é suficiente e muitos médicos não querem porque o valor repassado é baixo. Os municípios não querem bancar, e o aditivo do convênio é para folha de pagamento. Mas vamos tentar ajuda-los, tentando a contratação de mais médicos com a Secretaria de Estado", ressaltou. A reunião ainda não tem data definida, mas deve ocorrer ainda na primeira quinzena de outubro.
Fonte: A Tribuna - 24-09-2008