Eles têm estruturas adequadas e disponíveis, mas a procura por atendimento é muito baixa. O problema enfrentado pelos hospitais catarinenses de pequeno porte é geral. Na Sociedade Hospitalar São Francisco de Assis, em Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis, por exemplo, os 49 funcionários continuam trabalhando com os salários atrasados.
A situação, que se arrasta há quase 10 anos, é o sintoma mais evidente da crise financeira vivida pelas instituições de saúde.
Salas e corredores vazios e dois médicos plantonistas para atender a população do pequeno município, com pouco mais de 17 mil habitantes, demonstram, também, a falta de credibilidade nos hospitais que realizam cirurgias de pequena e média complexidade. Situação que ocorre em 100 municípios catarinenses que possuem apenas um hospital de pequeno porte.
Devido à baixa ocupação dos 90 leitos oferecidos em Santo Amaro da Imperatriz, duas alas do hospital foram desativadas. Hoje, a instituição de saúde, mantida por entidades filantrópicas, disponibiliza 34 camas.
- Somos uma prestadora de serviço. Se não temos pacientes, não tem repasse de verba do governo. Nossa intenção é deslocar os pacientes que lotam as instituições de saúde dos grandes centros urbanos - afirmou o diretor administrativo, Salézio Voges, 52 anos.
Fonte: Diário Catarinense - 17-10-2008