29-01-2009 - Cirurgia atrasa por falta de ar-condicionado

Ladir José, 40 anos, espera há nove dias por uma cirurgia para evitar a perda dos movimentos das pernas. Internado no Hospital Celso Ramos, em Florianópolis, recebeu, ontem, a notícia de que a operação foi adiada mais uma vez por causa da quebra do aparelho de ar-condicionado do centro cirúrgico.
O ajudante de serviços gerais foi atingido por um portão que caiu de uma altura de três metros no dia 20. No mesmo dia foi internado e ficou esperando a operação.
– Marcaram para sexta-feira (da semana passada), mas foi cancelada porque estaria faltando um aparelho na sala de cirurgia – disse a mulher de José, Laudecir Cândido Anselmo.
A operação foi transferida para ontem, mas teve de ser cancelada novamente.
– Dessa vez eles falaram que era o ar-condicionado que estava quebrado e por isso não podiam operar.

A próxima data marcada para a cirurgia é amanhã.
O aparelho quebrado no centro cirúrgico impede a realização de cirurgias pelo maior risco de contaminação, o calor dentro da sala e até a dificuldade de usar certos equipamentos médicos como microscópios, que ficam com a lente embaçada. A reclamação pela situação não se restringe aos pacientes.
– Essa situação se arrasta há um mês. Às vezes ele ventila, outras ele para completamente, mas não refrigera mais – disse um funcionário do hospital que pediu para não ser identificado.
Apenas as cirurgias de caráter de urgência e emergência deverão ser realizadas. Além do conserto do ar-condicionado, funcionários do Celso Ramos também pedem que o elevador de transporte de pacientes da Emergência, quebrado há mais de quatro meses, seja arrumado.

Contraponto
O que diz a Secretaria de Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde esclarece que a interdição do elevador do Celso Ramos se justifica porque, em vez de manutenção de rotina, trata-se de uma renovação integral do mesmo. Sobre o ar-condicionado, frisa que a parede que estava provocando um superaquecimento nos aparelhos está sendo retirada e o funcionamento deverá estar regularizado hoje.

Fonte: DC - 29-01-2009


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