A greve dos médicos especialistas do serviço público municipal de São José completa hoje 15 dias. Ontem, numa assembléia realizada ao meio-dia na sede da Escola de Formação em Saúde, no bairro de Barreiros, eles decidiram rejeitar a proposta apresentada horas antes pelo governo e manter a paralisação.
Segundo o médico João Batista Berto, da Comissão de Mobilização, a proposta da prefeitura foi considerada ilegal. Conforme contou, o governo ofereceu uma função gratificada (FG) de R$ 301,00, muito abaixo do que vem sendo reivindicado pela categoria. Os médicos especialistas querem equiparação salarial com os profissionais que atuam no Programa Saúde da Família (PSF).
Berto explicou que a equiparação pode ocorrer com reajuste de salário ou mesmo redução da carga horária. “A função gratificada só pode ser dada para cargos de chefia, o que não é o caso. Por isso, consideramos a proposta ilegal e não podemos aceitar”, disse. Os médicos também reivindicam condições de trabalho e reclamam de equipamentos considerados básicos que estariam sucateados.
Para o secretário de Saúde Áureo dos Santos, a Lei de Responsabilidade Fiscal impede o governo de promover reajuste nesse momento. Segundo ele, São José aplica hoje 52,8% de sua arrecadação com folha de pagamento, quando a lei determina um limite de 54%.
Os médicos também solicitaram uma audiência com o prefeito Djalma Berger, que viajou para São Paulo e só retorna no final de semana. Desde sexta-feira, a comissão tem conversado apenas com os secretários da Saúde, Áureo dos Santos, e da Administração, Caio Tokarski.
Fonte: Notícias do Dia - 08-04-2009