01/9 Residentes intensificam protestos em todo o País

Médicos residentes promovem nesta quarta, 1 de setembro, diversos atos pelos estados para alertar sobre a necessidade de o governo federal valorizar os profissionais e responder a reivindicações. A Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR) cobra retomada da mesa de negociação. Goiás, Maranhão, Distrito Federal, Amazonas, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais têm atos públicos, encontros nas assembleias legislativas e doação de sangue.
Confira as ações nesta quarta (1º de setembro):
Goiás - Goiânia: reunião na Assembleia Legislativa (Bosque dos Buritis). Às 15h
Maranhão - São Luis: encontro com deputados estaduais na Assembleia Legislativa, a partir das 8h30 e caminhada da Av. Jerônimo de Albuquerque até a Casa Legislativa.
DF - Brasília: Assembleia Geral de Médicos Residentes no Auditório do Hospital Regional da Asa Sul, a partir das 14h.
AM - Manaus: mobilização na frente da FHAJ a partir das 9h. Reunião da Comissão Estadual de Greve com o Secretário Estadual de Saúde, Dr. Wilson Alecrim, na SUSAM 15h30
Rio Grande do Sul - Porto Alegre: começou às 9h, doação de sangue no Hemocentro (Avenida Bento Gonçalves, 3722). A iniciativa marca o Dia Estadual da Doação de Sangue. Participam residentes de todos os hospitais com paralisação ? Clínicas, Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Santa Casa, São Lucas da PUC, Presidente Vargas e HPS.
São Paulo - São Paulo: a partir das 9h, ato no Instituto do câncer.
Minas Gerais - Belo Horizonte: ato na Secretaria Municipal da Saúde, a partir das 10h.
A categoria intensifica contatos com deputados estaduais em busca de apoio e aumento da pressão sobre o governo. A greve atinge, nesta quarta, 15 dias com adesão de 90% dos 22 mil residentes que fazem a formação em todo o País. Eles pedem reajuste de 38,7% na bolsa hoje em R$ 1.916,45. O presidente da Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), Nivio Lemos Moreira Junior, cobrou posição dos Ministérios da Educação e o da Saúde durante audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Na semana passada, a ANMR propôs parcelamento do índice reivindicado ? 28,7% a partir de setembro e 10% em 12 meses. O gesto mostrou flexibilidade e interesse em acordo, mas o governo federal descartou a proposta, mantendo oferta de 20% de correção, recusada pelo movimento na largada da paralisação. O índice é menor que os 23%, prometidos em final de 2006, como segunda parte de acordo de reajuste.
A ANMR enviou na segunda, dia 30, carta ao governo federal solicitando formalmente a continuidade da mesa de negociações com a categoria, que completa duas semanas da greve nacional. Até o momento não há retorno do pedido. A associação também conta com apoio da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Médica Brasileira (AMB) na busca por interlocução com os ministérios. Greves ocorridas em 2001 e 2006 tiveram conversação com o governo e resultaram em reajustes de até 30%.


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