Depois de várias tentativas de negociação com a administração do hospital e maternidadeMarieta Konder Bornhausen, em Itajaí, os médicos anestesistas resolveram paralisar as atividades, por tempo indeterminado, a partir das 8 horas do dia 19 de outubro, quarta-feira.
O motivo da suspensão das atividades é a inexistência de um instrumento de contrato que regulamente os direitos, deveres e obrigações das partes envolvidas quanto à prestação dos serviços e o não atendimento às reivindicações apresentadas em outras ocasiões.
Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (SIMESC), Cyro Soncini, explica que foram realizadas várias tentativas de conversa com a administração do hospital. A falta de entendimento forçou a atitude mais enérgica. “Entendemos que a complexidade dos serviços oferecidos pelo Marieta exige de seus administradores ações profissionais e propositivas, interagindo com seus trabalhadores e com eles buscando superar as dificuldades do caminho. Não há mais espaço para ‘donos da verdade’ ou intransigentes ‘de plantão’”, declarou.
Os atendimentos de urgência e emergência bem como àqueles pacientes cuja interrupção do tratamento possa comprometer a vida serão mantidos. De acordo com Soncini, o objetivo não é prejudicar a população, mas também cobrar melhor qualidade no atendimento. “Todo profissional que recebe adequadamente pelo seu trabalho, com certeza vai oferecer um melhor serviço. Os médicos são trabalhadores e precisam ser respeitados”, conclui Soncini.
Esta é a segunda paralisação deflagrada pelo SIMESC em menos de uma semana. Na próxima terça-feira, 4 de outubro, os médicos ginecologistas e obstetras do Hospital Regional de Araranguá (HRA) também interrompem as atividades. Além de exigirem um contrato de trabalho, os médicos querem equiparação do valor da hora plantão com os demais médicos da emergência daquela unidade de saúde.